Esta apresentação examina o impacto da ração artesanal no crescimento da massa corporal da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus. O objetivo é avaliar a eficácia das formulações de ração artesanal comparadas às rações comerciais no desempenho do crescimento dos peixes. A pesquisa envolveu a formulação de diferentes tipos de ração caseira com ingredientes locais (mandioca, milho, couve) e vísceras de peixe, em sua aplicação em cultivos de tilápias em condições controladas. Para este efeito foram amostrados 55 peixes, distribuídos e povoados em 3 tanques com um volume de 250L para os tanques T1 e T2 respectivamente e 200L para o tanque T3. Sendo que os juvenis de O. niloticus com peso médio inicial de 2100g e 18,03cm de comprimento inicial alimentados uma ração artesanal (T1); e 2250g e 17,58cm alimentados com uma ração comercial (T2); e 2750g e 19,01cm alimentados com uma mistura de ração (T3), durante 22 dias na fazenda do Missombo, província do Cuando Cubango – Angola.
No final do experimento o tratamento T1 atingiu peso médio de (2850g); o tratamento T2 atingiu (3150g) e o tratamento T3 atingiu (4100g). Para os peixes submetidos a dieta experimental (T1) o ganho em peso foi de 30 mg/dia. Para os peixes submetidos a dieta comercial (T2) foi de 36 mg/dia e para os peixes submetidos a dieta mista (T3) foi de 54 mg/dia.
O tratamento T1 teve uma biomassa total produzida de 0,015kg; para o tratamento T2 foi de 0,018 kg e para o tratamento T3 foi de 0,020 kg e um incremento em peso de: 0,75g, 0,9 e 1,35 para o tratamento T1, T2 e T3, respectivamente, com uma taxa de sobrevivência de 75,53% para todos os tratamentos.
Os três tratamentos apresentaram diferença no crescimento e ganho de peso, apesar do tratamento T3 apresentar melhores resultados relativamente ao tratamento T1 e T2.
Concluímos que a formulação adequada de ração artesanal pode optimizar o desempenho de crescimento da tilápia do nilo O. niloticus, oferecendo benefícios significativos para a aquicultura local substituindo de forma parcial à ração comercial, diminuindo assim os custos com relação a alimentação dos peixes uma vez que representa 70% dos custos de produção.