Latin American & Caribbean Aquaculture 2024

September 24 - 27, 2024

Medellín, Colombia

DESEMPENHO DE JUVENIS DE PIRARUCU Arapaima gigas ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO MANANOLIGOSSACARÍDEO

Luís Gustavo T. Braga*, Ian Taibo Timpone, Marianne Schorer, Lucas Souza Andrade

Endereço: Universidade Estadual de Santa Cruz, DCAA. Rod. Jorge Amado km 16. Ilhéus-Ba. Brasil. 45662-900.

E-mail: gbraga@uesc.br

 



Os prebióticos são ingredientes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento ou a atividade de uma ou um número limitado de espécies bacteriana. Os mananoligossacarídeos (MOS) são aditivos prebióticos ativos conhecidos por sua funcionalidade como intensificadores da digestão intestinal e imunidade com aparente capacidade antibacteriana. Objetivou-se avaliar o uso do mananoligossacarídeo sobre o desempenho produtivo de juvenis de pirarucu, Arapaima gigas. Um total de 105 exemplares (5,28 ± 0,17 kg) foram distribuídos em 15 tanques circulares (4m³ cada), mantidos em sistema de recirculação de água, filtro biológico e aeração constante. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, com cinco níveis e três repetições, sendo adicionado o mananoligossacarídeo (MOS), diluído em óleo de soja, nas dietas já extrusadas: MOS 0 (sem adição de MOS), MOS 2 (2 g.kg-1), MOS 4 (4 g.kg-1), MOS 6 (6 g/kg) e MOS 8 (8 g.kg-1). Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia durante 80 dias. Foi avaliado o desempenho zootécnico dos peixes. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade residual, seguido da ANOVA (p<0,05%).

O pirarucu apresentou boa performance quando cultivado em sistema intensivo de recirculação de água, com ganho de peso diário médio de 38,25 g.dia-1. A densidade de estocagem final média de 14,6 kg.m³ parece estar adequada execução de ensaios biológicos com a espécie pesando entre 5,0 - 8,5 kg. Não foram observadas diferenças significativas no ganho de peso, peso final, comprimento total, conversão alimentar e taxa de crescimento específico entre os pirarucus alimentados com diferentes concentrações de MOS e os do grupo controle (p>0,05%). A taxa de sobrevivência foi 100%. Provavelmente a manutenção da qualidade da água dentro da faixa adequada para a espécie (temperatura, 28 ± 1,29°C; oxigênio dissolvido, 6,17 ± 1,84 mg.L-1; pH, 7,18 ± 0,22; amônia 0,42 mg.L-1 e nitrito, 0,001 mg.L-1) e qualidade nutricional utilizada no ensaio biológico encobriram os possíveis efeitos benéficos do MOS, como a melhoria da saúde intestinal, a digestão de nutrientes e a resposta imunológica dos peixes.

A inexistência de desafios ou estresse no ambiente garantiram o crescimento homogêneo dos peixes nos diferentes tratamentos.

O uso de mananoligossacarídeo não melhora o desempenho produtivo de juvenis de pirarucu pesando entre 5,0 e 8,5 kg, mantidos em baixa densidade de estocagem.