A jabuticaba (Myrciaria cauliflora), possui a casca rica em antocianinas conferindo alta capacidade antioxidante. O objetivo deste ensaio foi avaliar a capacidade de inclusão de extrato hidroalcoólico e aquoso da farinha de jabuticaba em artêmias salinas. Em cada experimento, foram utilizadas 15 unidades experimentais (10ml) com 10 náuplios de artêmia. Foi elaborado extrato hidroalcoólico e aquoso de farinha de jabuticaba na concentração de 200 mg.ml-1, macerados por 3 dias em álcool 50% e em água destilada mantido sob refrigeração, respectivamente. Foram ensaiadas as concentrações de controle (sem inclusão), 10, 100, 500 e 1000 µg L-1 por um período de 24 horas. Foram avaliados a sobrevivência no tempo 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 12 e 24 horas após a inclusão do extrato. Para o estudo de tolerância foi utilizado um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), em um esquema de parcelas subdivididas, com cinco concentrações (controle, 10, 100, 500 e 1000 µg L-1) e, como tratamento secundário, dez tempos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 12 e 24 horas), e três repetições. Os resultados foram submetidos à análise Probits com um intervalo de significância de 95% para determinar a DL50. Para o extrato hidroalcóolico observou-se que a curva de sobrevivência da artêmia salina se adequou a uma equação (y = -27,667x + 118,33; R² = 0,7944) com a DL50 inferior a 10 µg L-1. O extrato aquoso, observou-se que a curva de sobrevivência da artêmia salina se adequou a uma equação (y = -29,333x + 131,33; R² = 0,8721) com a DL50 na concentração de 47,14µg L-1. Conclui-se que a utilização de extrato de Hidroalcoólico de jabuticaba apresenta características de alta toxicidade sendo o seu uso não recomendado para o enriquecimento de artêmia. Já a utilização de extrato de aquoso de jabuticaba apresenta características que podem ser utilizados no enriquecimento de artêmia.
Palavras-chave: aditivo, antocianina, dieta, DL50, aquicultura ornamental