Latin American & Caribbean Aquaculture 2024

September 24 - 27, 2024

Medellín, Colombia

ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia sidoides NA LARVICULTURA DE MATRINXÃ Brycon amazonicus: EFEITO SOBRE A SOBREVIVÊNCIA E A SAÚDE DOS ANIMAIS

Thiago M. de Freitas*. Higo A. Abe. Edmilson Z. Lima. Matheus M. Gama.  Thiago L. Carvalho. Sônia A. Muñoz-Buitrago. Franciso C.M. Chaves. Edsandra C. Chagas. Anderson A. dos Santos.

 

Programa de Pós-graduação em Aquicultura

 Universidade Nilton Lins

 tmfreitas@niltonlins.br

 



A matrinxã (Brycon amazonicus) apresenta características que a tornam uma espécie em potencial para a piscicultura, mas que ainda apresenta baixa produção, principalmente por conta da sua agressividade intraespecífica que afeta consideravelmente a sobrevivência dos indivíduos, principalmente na fase larval. O uso do óleo essencial de Lippia sidoides (OELS) apresenta-se como alternativa para modular o comportamento agressivo da espécie, tendo em vista que possui efeito ansiolítico e sedativo. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações de óleo essencial de L. sidoides (OELS) dissolvida na água sobre a sobrevivência e higidez de larvas de B. amazonicus.

Para o experimento, 1680 larvas (comprimento: 6,1 ± 1,0 mm; peso: 1,8 ± 0,3 mg) com 48 horas pós-eclosão foram distribuídas igualmente em 28 tanques retangulares de polietileno (11 L) com 4 L de água. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, composto por sete tratamentos, cada um com quatro repetições, definidos pelas concentrações de OELS na água: 0 mg/L; 0,5 mg/L; 1,0 mg/L; 1,5 mg/L; 2,0 mg/L; 2,5 mg/L e apenas dimetilsufóxido (DMSO), solvente utilizado, na quantidade equivalente ao tratamento 2,5 mg. Para avaliação histológica, 12 peixes por tratamento foram eutanasiados e removidas a cabeça e os opérculos, e a região dorsal e caudal para análise, a fim de avaliar alterações histológicas nas brânquias e fígado. Por fim, as lâminas foram analisadas descritivamente quanto a ocorrência de alterações classificadas de acordo com o grau de danos morfológicos.

Os tratamentos com as concentrações maiores que 1,0 mg/L obtiveram melhores resultados de sobrevivência ao 7° e 15° dia experimental (Figura 1), possivelmente devido ao efeito do OELS nos peixes, que reduziu a agressividade e canibalismo das larvas. Na avaliação histológica do tecido hepático observou-se congestão de grau leve em todos os tratamentos (Figura 2A). Na avalição das brânquias não foram encontradas alterações histopatológicas (Figura 2B). Assim, a aplicação de 1 mg/L de OELS pode ser considerada na larvicultura de matrinxã, para reduzir aumentar a sobrevivência na fase crítica dessa espécie sem causar danos à saúde dos peixes.