Estudos indicam que a amora-preta (Rubus spp.) (Moru Nigra) pode ser usado como um recurso nutracêutico promissor para peixes ornamentais. Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da inclusão pigmentos antociânicos da amora-preta na alimentação de bettas fêmeas azuis (Betta splendens), seus reflexos na atividade das enzimas digestivas, metabolismo hepático, atividade antioxidante e índice gonadossomático.
Foram utilizados 120 peixes com peso corporal médio 2,74 ± 0,82 g e comprimento total 53,09 ± 4,56 mm, distribuídos em 12 aquários (20 L) em sistema de recirculação individual. As dietas foram acrescidas de 700 mg/kg de dieta de produtos desenvolvidos a base de amora-preta (Moru Nigra) / CAA. Para formulação foram utilizadas duas variedades (Guarani e Tupy) com dois níveis de inclusão de maltodextrina (20% e 15%). Os peixes foram alimentados três vezes ao dia até a saciedade por 21 dias. Foram avaliados seus reflexos na atividade das enzimas digestivas, metabolismo hepático, atividade antioxidante, índice gonadossomático e fator de condição e coloração (L, a*, b*). O experimento foi realizado em delineamento em esquema fatorial (2x2) tendo 2 concentrações de material de parede (20 e 15%) e duas variedades de amora-preta (Tupy e guarani) e um grupo controle (sem inclusão de extrato). O extrato apresentou seguridade na utilização pois não promoveu mortalidade. A luminosidade e o fator de condição (K) dos peixes foi maior quando alimentados com CAA. A atividade digestiva apresentou adaptações na secreção das enzimas amílase. A inclusão de CAA não promoveu alteração nas enzimas ALT e AST o que evidencia que não houve sobrecarga hepática. Conclui-se que a inclusão de pigmentos antociânicos da amora-preta na alimentação de Bettas fêmeas azuis (Betta splendens) pode ser utilizada com segurança. Recomenda-se a utilização da variedade Tupy com 15% de material de parede.