A pirapitinga (Piaractus brachypomus), originária da bacia do rio Amazonas, se considera a espécie nativa principal produzida na Colômbia. Sua comercialização e consumo têm se visto limitados devido à grande presença de espinhas intramusculares (EIM) em forma de Y na região dorsal e na região ventro-caudal, fato que dificulta o processamento e consumo do filé. Têm sido feitos estudos sobre caracterização, conformação do sistema esquelético e confirmação da presença de EIM nos peixes a través de Raios-x, ultrassom e tomografia axial computadorizada. Dos anteriores, o ultrassom foi determinado como uma ferramenta de imagens diagnósticas não invasiva para realização em campo, como foi apresentado pelo nosso grupo de pesquisa no WAS 2021 em Mérida. Este projeto objetiva realizar o seguimento ultrassonográfico e de Raios-x em juvenis a partir de 3g até a identificação das espinhas intramusculares.
Para a identificação da presença de EIM em P. brachypomus, foi realizado ultrassom e raios-x em 100 indivíduos de pirapitinga acompanhando o seu crescimento periodicamente as 3, 15 e 30g (o projeto visa continuar com o acompanhamento nos pesos 50, 100, 200, 300 e 600 g e as suas implicações na qualidade do filé). Para o diagnostico inicial em laboratório, se utilizou um ultrassom portátil CTS-800 de alta definição com transdutor lineal de 10 a 14 MHz. Posteriormente, foram realizadas as imagens diagnósticas com Raios-x. Os estudos foram realizados sob anestesia geral a traves da diluição de Eugenol em agua a 50-100 ppm de acordo com o tamanho do peixe, para indução e 30 ppm para manutenção.
Nos indivíduos de 3 g se identifica uma linha branca (hiperecogénica) no lugar de localização das possíveis EIM, porém, com um transdutor de alta definição utilizado, não se diferenciam (figura 1). A partir das 15 g se identificam EIM a traves do ultrassom (figura 1). Aparentemente a identificação da presença das espinhas a través de Raios-x é possível a partir das 50 g (figura 2). O Ultrassom identifica antes dos Raios-x a presença de EIM. A pesar de que a través de Raios-x a identificação da presença das espinhas é possível a partir das 50 g, precisa-se mais evidência. Este é um trabalho em fase de desenvolvimento.